Resumo
A afirmação pode parecer surpreendente na altura em que uma preocupante mistura de entrincheiramento identitário e neoliberalismo resignado parece prevalecer em quase todo o lado. Mas mesmo assim continuo otimista. Na condição de termos em conta todas as transformações institucionais que isso implica, assimilarmos todas as lições das estratégias políticas que daí resultam e, sobretudo, nunca deixarmos para os outros a solução das questões sociais e económicas e as reflexões sobre o sistema socioeconómico alternativo.
São questões eminentemente políticas sobre as quais todos os cidadãos devem ter uma opinião, e nas quais devem envolver-se. Só invertendo as relações de saber e poder, e retomando o curso das mobilizações sociais e coletivas, poderá a marcha para a igualdade e dignidade recuperar os seus direitos e o parêntesis nacional-liberal ser encerrado.
Thomas Piketty
A afirmação pode parecer surpreendente na altura em que uma preocupante mistura de entrincheiramento identitário e neoliberalismo resignado parece prevalecer em quase todo o lado. Mas mesmo assim continuo otimista. Na condição de termos em conta todas as transformações institucionais que isso implica, assimilarmos todas as lições das estratégias políticas que daí resultam e, sobretudo, nunca deixarmos para os outros a solução das questões sociais e económicas e as reflexões sobre o sistema socioeconómico alternativo.
São questões eminentemente políticas sobre as quais todos os cidadãos devem ter uma opinião, e nas quais devem envolver-se. Só invertendo as relações de saber e poder, e retomando o curso das mobilizações sociais e coletivas, poderá a marcha para a igualdade e dignidade recuperar os seus direitos e o parêntesis nacional-liberal ser encerrado.
Thomas Piketty
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Sobre o livro o que diz Luís M. Faria
no semanário Expresso
«O economista francês tornado célebre com um livro que relançou o debate sobre a desigualdade (não em abstrato ou casuisticamente, mas apoiando-se numa vasta base de dados internacional) tem multiplicado intervenções numa perspetiva epistemologicamente rigorosa. Estes artigos publicados na imprensa entre 2020 e 2024 é uma festa de inteligência e pertinência: “O século XX foi o século da social-democracia. O século XXI vai ser o do socialismo ecológico, democrático e participativo. A afirmação pode parecer surpreendente na altura em que uma preocupante mistura de entrincheiramento identitário e neoliberalismo resignado parece prevalecer em quase todo o lado.”

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