segunda-feira, 30 de novembro de 2020

FAREED ZAKARIA |«Dez Lições para Um Mundo Pós-Pandemia»

 


A 25 de Junho de 2017, quase três anos antes da pandemia, Fareed Zakaria teceu a seguinte previsão no seu programa televisivo na CNN: «Uma das maiores ameaças que os Estados Unidos têm de enfrentar não é, de todo, grande. Na verdade, é minúscula, microscópica, dezenas de vezes mais pequena do que a cabeça de um alfinete. Patogénicos mortíferos, quer produzidos pelo homem quer naturais, podem desencadear uma crise de saúde global e [nós] não estamos nada preparados para lidar com isso. [...] As nossas cidades a abarrotar, as guerras, os desastres naturais e as viagens aéreas internacionais podem levar a que um vírus mortal com origem numa pequena aldeia em África seja transmitido e chegue a todo o mundo em apenas 24 horas [...]. A biossegurança e as pandemias globais ultrapassam todas as fronteiras nacionais. Os agentes patogénicos, os vírus e as doenças são igualmente assassinos. Quando a crise estalar, vamos desejar ter mais fundos e uma maior cooperação global. Mas, nessa altura, talvez seja demasiado tarde.». Saiba mais.

________________________

Sobre o livro no semanário Expresso de 28 NOV 2020:

«Dar um passo atrás para olhar o lugar onde estaremos depois de controlada a pandemia é o exercício que Fareed Zakaria faz neste livro. Não há traço de adivinhação nem de futurologia nesta análise do que vai resultar da aceleração provocada pela pandemia de covid-19. Uma das caras mais conhecidas da CNN, não só por ser o anfitrião do programa “GPS” mas pela análise política projetiva a que nos habituou, Zakaria é ele próprio um exemplo da “narrativa alternativa” que propõe: reconhecendo a multiplicidade de pontos de vista que coexistem no país que o acolheu, chegado de Bombaim nos anos 70, escolhe a América aberta e disponível à abertura ao exterior. A ideia fundamental do livro é que está a acontecer um “rea­linhamento político fundamental”. Tal como disse em entrevista ao Expresso: “Estamos a passar da velha política de esquerda-direita, que se organizava em sentido lato em torno da economia, e dirigimo-nos para uma política dividida entre abertura e fechamento.” Para o jornalista e cientista político, é evidente que a tensão dos próximos tempos será atualizada entre as “pessoas que querem manter o mundo aberto a produtos, ideias, pessoas, culturas” e as “pessoas que o querem fechar, ter um mundo mais protegido”. Não restam dúvidas ao autor de que a China será um grande desafio para quase todos os países do mundo e que a melhor maneira de preparar o futuro de forma competitiva passará por haver governos com abertura ao multilateralismo que sejam capazes, ao mesmo tempo, de proteger os seus povos. Proteger no sentido de os munir com instrumentos capazes de absorverem o impacto de grandes alterações futuras, isto é, educação e formação. Pelo caminho, passam pela análise fina de Fareed Zakaria as causas que desembocaram nas dualidades radicais do presente e na crescente desigualdade do mundo que, diz, “está a tornar-se bipolar”. Livro de leitura altamente recomendável. / CRISTINA PERES».




domingo, 29 de novembro de 2020

JOSÉ EDUARDO MENDES FERREIRA|«As Plantas e a Alimentação Mundial»

 


No semanário Expresso:«O professor catedrático jubilado de 98 anos lança este volume que retrata as plantas da nossa identidade coletiva bem como alerta para a necessidade de gerirmos os recursos alimentares do planeta». Saiba mais.



sábado, 28 de novembro de 2020

Arquitetura e Ecologia

 


«(...)MoMA said that the goals of the new entity, the Emilio Ambasz Institute for the Joint Study of the Built and Natural Environment, would be to spur dialogue, conversation and research while highlighting the championed theme of architecture and sustainability. Research opportunities and programmes including lectures, conferences and symposia, many of them online, will foster conversations among architects, designers, policymakers, social thinkers, historians and the public, it adds. (...). Leia mais.



sábado, 21 de novembro de 2020

«PROXIMA/Towards Transparency»

 



We are pleased to share Proxima's annual review of New Zealand: Towards Transparency, which shows a great acceleration towards sustainability disclosure in corporate leaders.
__________________________

«REPORTING WHICH INCLUDES SUSTAINABILITY-RELATED INFORMATION | We’ve started using the phrase - reporting which includes sustainability-related information - because we believe it is the most useful overarching description of how organisations communicate through their reporting. It covers all forms of reporting commonly referred to in New Zealand, such as environmental, social and governance (ESG); corporate social responsibility (CSR); sustainability; non or pre-financial, integrated and external extended reporting (EER). (...)».




quinta-feira, 19 de novembro de 2020

«Cultura e desenvolvimento sustentável»

 


O artigo da imagem levou-nos imediatamente a uma conferência havida em 2015, em que estivemos presente, e de que existe relatório:


e  a procurar o que tínhamos sublinhado da intervenção do Presidente JORGE SAMPAIO e divulgado no blogue Em Cada Rosto Igualdade:
«Sabemos que, em setembro último, a comunidade internacional endossou a nova Agenda dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, que à escala mundial irá enquadrar e unificar no plano dos propósitos, todas as ações de cooperação a levar a cabo nos próximos 15 anos, e que envolverá um leque muito variado e abrangente de atores. Dada a importância e o impacto deste novo normativo, pois é disso mesmo que se trata, como bem sublinha Jeffrey Sachs no seu recente trabalho sobre a era do desenvolvimento sustentável, importa refletir sobre a visão que lhe está subjacente, os objetivos propostos e os instrumentos à disposição para a realização dos mesmos. 

Permito-me, portanto, algumas notas sobre esta nova Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, antes de algumas reflexões mais de fundo sobre a questão transcendental, no sentido que lhe dava o filósofo Emmanuel Kant, da possibilidade do desenvolvimento sustentável.
 Dividirei portanto em duas partes estas breves observações introdutórias: a nova agenda para 2030 e o desenvolvimento sustentável. Esta nova agenda, embora mais ambiciosa que a precedente, apresenta uma significativa continuidade em relação aos objetivos de desenvolvimento do milénio, sendo a meu ver um fator positivo, encorajante e reforçador da capacidade de mudança. De facto, no contexto de grande precariedade e de recursos limitados, a estratégia ganhadora é a que não desperdiça nem realizações, nem meios existentes, mas antes procura potenciar os resultados alcançados, e corrige o que não deu certo ou redundou em fracasso. No momento em que o mundo atravessa grandes desafios geopolíticos, com uma economia volátil, políticas titubeantes e lideranças pouco afirmativas, importa seguir uma estratégia de pequenos passos, mas seguros, acordando em objetivos realizáveis com meios disponíveis. Ou seja, é tempo de menos retórica, mais realizações e atuação concertada. 
No entanto, não nos iludamos, pois realizar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável enunciados e as suas 169 metas nos próximos quinze anos - os quais no fundo visam a construção de sociedades prósperas, inclusivas, e sustentáveis do ponto de vista ambiental - exigirá uma enorme disciplina, firmeza de propósitos e uma vontade política coletiva inabalável. Acresce que será indispensável manter mobilizadas as opiniões públicas, quer seja ao nível local, nacional, regional ou mundial. Aliás, o objetivo é tanto maior, quando se considera agora como um dos objetivos a alcançar, e de forma muito explícita, a questão da boa governação, como uma espécie de quarto pilar do desenvolvimento sustentável.
 Seremos capazes? - pergunta-se. Estaremos à altura? É tudo menos adquirido. Mas estou certo de que, apesar da via ser estreita, podemos pelo menos fazer progressos consideráveis nas várias frentes. Mas para isso é preciso começar a trabalhar já e, sobretudo, a trabalhar melhor. Continue a ler na página 15 do relatório. (o destaque é nosso).
E lembramos também a discussão havida sobre a ausência  de um ODS próprio para a CULTURA: na generalidade todos consideravam ser uma lacuna. A nosso ver, a questão da transversalidade registada no artigo do DN pode aplicar-se aos demais. Hoje tudo é interdependente. A abordagem tem de ser sistémica. Retemos a referência à «Governação» na intervenção do Presidente Jorge Sampaio. E também o facto de a isso não se aludir no artigo pretexto deste post. Tudo cruzado, e atendendo às reflexões entretanto havidas e em curso - por exemplo sobre a governação -, não  será difícil aceitar esta formulação para o Desenvolvimento Sustentável:

No terreno as coisas já avançam neste sentido, de forma desigual, mas avançam ...
E uma boa ocasião para visitar o site da UNESCO:



 De lá:«No development 
can be sustainable
 without including culture».

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

DAVID ATTENBOROUGH | «Uma Vida no Nosso Planeta»

 


SINOPSE

«Para a vida prosperar neste planeta, tem de existir uma imensa biodiversidade. Só quando milhares de milhões de organismos conseguem tirar o máximo partido de cada recurso e oportunidade que encontram, e só quando milhões de espécies vivem vidas que se interligam de modo a sustentarem-se umas às outras é que o planeta pode funcionar com eficiência. Quanto maior for a biodiversidade, mais segura será toda a vida na Terra, incluindo nós próprios. Contudo, o modo como nós, seres humanos, vivemos hoje na Terra está a colocar a biodiversidade em declínio. O mundo natural está a desaparecer aos poucos. As provas estão por toda a parte. Aconteceu durante a minha vida. Eu vi com os meus próprios olhos. E irá levar à nossa destruição. Contudo, ainda há tempo para desligar o reator. Existe uma boa alternativa. Este livro é a história de como chegámos aqui, do nosso grande erro e de como, se agirmos já, podemos corrigi-lo.». Saiba mais.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

«Study on directors’ duties and sustainable corporate governance»

 


«The focus of corporate decision-makers on short-term shareholder value maximisation rather than on the long-term interests of the company reduces the long-term economic, environmental and social sustainability of European businesses. The objective of this study is to assess the root causes of “short termism” in corporate governance, discussing their relationship with current market practices and/or regulatory frameworks, and to identify possible EU-level solutions, also with a view to contributing to the attainment of the UN Sustainable Development Goals and the goals of the Paris Agreement on climate change. The study focuses on issues contributing to “short-termism” in company law and corporate governance, which have been grouped around seven key problem drivers, covering aspects such as directors’ duties and their enforcement, board remuneration and composition, sustainability in the business strategy, and stakeholder involvement. The study suggests that a possible future EU action in the area of company law and corporate governance should pursue the general objective of fostering more sustainable corporate governance and contributing to more accountability for companies' sustainable value creation. For this reason, for each driver, alternative options characterised by an increasing level of regulatory intervention have been assessed against the baseline scenario (no policy change)».



«European Commission launches consultation on sustainable corporate governance»





Na integra daqui:

«European Commission launches public consultation on sustainable corporate governance: to foster long-term sustainable and responsible corporate behaviour

As indicated in the European Green Deal, sustainability should be further embedded into the corporate governance framework, as many companies still focus too much on short-term financial performance compared to their long-term development and sustainability aspects. As a follow-up, the Commission announced a sustainable corporate governance initiative to foster long-term sustainable and responsible corporate behaviour, as included in the Commission's Work Programme for 2021. This initiative also builds on existing work in the framework of sustainable finance. The consultation launched today asks how the EU can best go about helping businesses in the way they operate, towards a transformation to a more sustainable economy and to ensure that environmental and social interests are embedded in business strategies. Didier Reynders, Commissioner for Justice, said: “Sustainable corporate governance can be a real game-changer in the way companies operate throughout their supply chains. We are now securing new business standards for future generations. I therefore invite all stakeholders to participate and share their views. The results of this public consultation will help shape the proposal we will put forward in 2021. Sustainable governance is an important contribution to the European Green Deal objectives and will be crucial for the sustainability, competitiveness and resilience of the businesses in the long run as well as for human rights protection and our international commitments, such as the UN Sustainable Development Goals and the goals of the Paris Agreement on climate.”  The consultation will complement the findings of two studies: on due diligence requirements through the supply chain and on directors' duties and sustainable corporate governance. (For more information: Christian Wigand - Tel.: +32 229 62253; Katarzyna Kolanko - Tel.:+32 229 63444)».

domingo, 1 de novembro de 2020

EXPOSIÇÃO | NA CULTURGEST INSERIDA NA LISBOA CAPITAL VERDE | «Gabriela Albergaria / A Natureza Detesta Linha Retas» |Através das suas esculturas, instalações, fotografias ou desenhos, a artista dá corpo a uma reflexão sistemática sobre questões como a influência da ação humana nos processos de transformação da paisagem, a modificação dos ecossistemas através da importação de espécies vegetais não autóctones ou a história da domesticação da natureza presente na construção dos jardins botânicos no século XVIII.

 


«A primeira exposição antológica de Gabriela Albergaria acompanha de perto os vários momentos do seu percurso e dá a conhecer o balanço da sua atividade nos últimos 16 anos. Reunindo trabalhos produzidos na Alemanha, na Colômbia, no Brasil, no Reino Unido e na Bélgica, esta é a oportunidade de ver ou rever peças fundamentais no percurso da artista, como é o caso da instalação que realizou no CCB, em 2005 — uma enorme árvore que ostentava um processo violento de enxertia —, mas também de conhecer um conjunto de obras que têm aqui a sua primeira apresentação pública.

As relações de aculturação da paisagem e da natureza que se foram instituindo por via dos processos migratórios e da globalização têm estado no centro da atenção de Gabriela Albergaria desde a década de 1990. Através das suas esculturas, instalações, fotografias ou desenhos, a artista dá corpo a uma reflexão sistemática sobre questões como a influência da ação humana nos processos de transformação da paisagem, a modificação dos ecossistemas através da importação de espécies vegetais não autóctones ou a história da domesticação da natureza presente na construção dos jardins botânicos no século XVIII.

No contexto do trabalho de Gabriela Albergaria, as representações são sempre orientadas por um olhar que pretende revelar os processos históricos e percetivos implicados na apropriação e manipulação que temos vindo a fazer do mundo vegetal ao longo dos séculos. Esta exposição está inserida no programa Lisboa Capital Verde». Saiba mais.


IOSCO E O «RELATO» DAS ORGANIZAÇÕES

 


Leia aqui