Para início de conversa: seguimos a conferência via internet. E daí que nos falte aquele sentir do local. Aquele «cheirar» a atmosfera que tanto nos diz... Não nos foram dando imagens, mas alguem disse que estava uma excelente assistência. Via Youtube houve sempre gente - não sabemos quais eram as expectativas -, mas não enchentes. Como pensamos que o assunto é da maior importância e dada a ainda falta de conhecimento estruturado, para o pensamento e para acção sobre as matérias em causa, esperávamos uma afluência que impressionasse. Pronto, não aconteceu. Mas para os nossos padrões certamente que os organizadores estão satisfeitos, e dirão que foi um sucesso. Pela nossa parte, ainda bem que mais uma iniciativa teve lugar. A nosso ver, infelizmente, ainda estamos na fase de «quantidade», mas temos de nos apressar, discutir a qualidade do que se vai realizando na esfera da SUSTENTABILIDADE (igual a VERDE, a DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) é determinante ... Coisa maior do que ESG . No minimo: Economia, Ambiente (Evironment), Social, Governação. E por aqui, juntamos também a Cultura. Portanto, serão precisas mais CHAVES para se garantir o FUTURO das NOVAS GERAÇÕES do que as três lá sublinhadas no auditório 2 da Gulbenkian. Por quem, na nossa leitura, queria valorizar o TODO. Mas «todo» que a nosso ver começou e terminou manco, sem prejuizo de ter havido quem de maneira discreta o lembrou.
Bom, apetecia avaliar a Conferência recorrendo a matrizes amplas, fundamentadas, lançando mão do conhecimaneto teórico, técnico e prático disponivel, indo ao encontro do «holístico» que foi aparecendo nas intervenções... Aliás, sugerimos que tal seja feito, por uma (como se costuam dizer) equipa independente - outra maneira de aprofundar o movimento que é de chamar: business not as usual - até porque a conferência era para empresas. Já agora, mais que não fosse por essa razão, esperávamos que o WBCSD tivesse espaço à altura na iniciativa, para não assinalarmos que esteve ausente, e a nosso ver uma falta. E também nada foi dito sobre o RELATÓRIO INTEGRADO - que estranho! E as outras organizações?
Ainda assim, facilmente se reconhece que os ORADORES eram muito diversos. Nem sempre se percebendo qual o seu ponto partida e onde queriam chegar ... Mesmo o que lhes seria comum. E explicitar o desacordo não fazia mal a ninguém. E se em dado momento tanto se valorizaram as «ferramentas existentes», e outras pelos visto serão incentivadas, para se diagnosticar o ESG - lançar esta jornada, alguem verbalizou, esquecendo (ou não sabendo) que a jornada já começou há uma «eternidade», ó deuses! - não surpreende que, ilustrando com isso, haja quem tenha adiantando que estávamos perante «o negócio ESG». Houve, há, quem não tenha precisado esperar pela imposição legislativa, na circunstância, em particular, da UE - na Academia, no Mundo do Trabalho, na Sociedade em geral - para terem trabalhado as matérias abordadas. Alguns sem sequer necessitarem da sigla ESG, ou de outras equivalentes, como foi notado por algumas pessoas.
Chegados à última sessão, afinal a Conferência não seria mais do que pretexto para anunciar, sem certamente a esgotar, «uma Estratégia de formação para as PME exportadoras» nos dominios debatidos? Desejamos não ter razão, se assim foi, não nos parece bom caminho: então agora cada área governamental lança formação em dominios tão relevantes, em que a ciência, a técnica e o treino, têm de estar presentes? Densificando: as escolas de Gestão, de Contabilidade, de Auditoria, de Economia... não estão a dar conta do recado? Havemos de voltar à Conferência.
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Entretanto, é de divulgar, a ORDEM DOS ECONOMISTAS tem prevista a matéria ESG para o seu CONGRESSO a ter lugar no próximo mês de OUTUBRO, também na Gulbenkian:
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