sábado, 29 de março de 2025
domingo, 23 de março de 2025
«Booker Prize em 2024, “Orbital”, de Samantha Harvey, é um pequeno romance gigantesco sobre o nosso lugar no universo»
Contudo, mesmo tão distantes do mundo, os seis astronautas não conseguem escapar à sua constante influência. Chegam notícias da morte de uma mãe, trazendo pensamentos de regresso e de saudades de casa. A fragilidade da vida humana torna-se um tema central nas suas conversas, nos seus medos e nos seus sonhos.
Apesar de tão longe da Terra, nunca antes se haviam sentido tão protetores dela, tão parte dela. Começam a refletir: o que será a vida sem a Terra? O que será a Terra sem a humanidade?». Saiba mais.
Mais
do que contar uma história, ou um mosaico de histórias, Harvey quer
colocar-nos, a nós leitores, no centro de uma experiência que nunca poderemos
ter: a de viver sem gravidade, na fronteira da esfera terrestre, pairando sobre
a beleza avassaladora do nosso planeta. O triunfo maior deste livro é o de
encontrar formas de descrever o indescritível, de dizer o indizível, de fazer
uma ode à Terra, que alguém compara a “um poema épico de versos cadenciados” —
ideia com que a autora parece concordar, ou não fosse através da linguagem
lírica, inventada e reinventada a cada passo, que procura captar o poder das
imagens que silenciam os seus astronautas.
Um
exemplo, entre muitos: “É África a repicar de luz. Quase se consegue ouvir,
aquela luz, dentro da nave. Os íngremes desfiladeiros radiais da Gran Canária
empilham-se pela ilha acima como um castelo de areia feito à pressa, e quando a
cordilheira do Atlas anuncia o fim do deserto, as nuvens surgem na forma de um
tubarão cuja cauda se agita ao encontro da costa sul de Espanha, com a ponta da
barbatana a cutucar o sul dos Alpes, e o focinho não demorará a mergulhar no
Mediterrâneo. A Albânia e o Montenegro têm montanhas de veludo.” E mesmo quando
a escuridão da noite cobre grandes porções da quase esfera, ainda há lampejos
espantosos: “Onde quer que se esteja acima da Terra, vê-se sempre algures a
palpitação suave e errática de relâmpagos. Uma flor azul com laivos de prata a
abrir-se e a fechar-se, elétrica e silenciosa.”
Na
estação espacial, o dia termina como começou, ouvimos os ecos da tragédia
provocada pelo supertufão, sabemos que a data é histórica, porque a humanidade
vai voltar a pisar a lua, e os seis astronautas da EEI um dia poderão dizer que
contribuíram para esse momento como mais um elo na longa cadeia da exploração
espacial, mesmo se apenas se limitaram a seguir instruções, a cumprir tarefas
preestabelecidas, um trabalho quase banal, como o do carpinteiro que faz uma
mesa, trabalho em que reverbera, ainda assim, muito do esplendor a que foram
assistindo ao espreitar pelas escotilhas».
quarta-feira, 19 de março de 2025
«Antes da chuva sopra o vento»
Antes da chuva sopra o vento é um espetáculo para a infância, juventude e vida adulta que cruza a dança contemporânea e a informática musical com instrumentos musicais experimentais e objetos sonoros criados a partir de árvores, rochas e outros materiais naturais.
-Continua a pesquisa acerca das possibilidades sonoras, expressivas e simbólicas dos elementos do mundo animal, vegetal e mineral, usando os corpos e o movimento dos três intérpretes e do público como instrumentos musicais que exploram o som de matérias e fenómenos naturais, bem como vozes e sons do corpo humano. Saiba mais.
in A Vida das Plantas, de Emanuele Coccia
terça-feira, 18 de março de 2025
quarta-feira, 12 de março de 2025
«Global Sustainability»
«A GUERRA DOS METAIS RAROS»
Grafite, cobalto, platinóides, tungsténio e terras raras tornaram-se indispensáveis para a nova sociedade da transição energética. As soluções ecológicas (carros eléctricos, turbinas eólicas, painéis solares) precisam desses elementos. Tal como o ambiente digital; eles são indispensáveis nos nossos smartphones, computadores, tablets e noutros objectos do quotidiano ligados à internet.
Os custos ambientais, económicos e geopolíticos desta dependência podem revelar-se ainda mais dramáticos do que aqueles que nos prendem ao petróleo.
Este livro investiga o reverso da transição energética — a história clandestina de uma odisseia tecnológica promissora e os bastidores de uma ambição generosa e ambiciosa que está a revelar-se repleta de ameaças tão perigosas como aquelas que se propôs resolver. Saiba mais.
sábado, 1 de março de 2025
«PRÉMIO CAIXA ESG»
Caixa atribui Prémios Caixa ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) pelo 2ª ano consecutivo.
No âmbito do seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e em linha com os princípios de Environmental, Social, and Corporate Governance (ESG), a Caixa continua empenhada em apoiar a transição das empresas portuguesas na adoção de práticas mais sustentáveis.
A 2ª edição dos Prémios Caixa ESG volta assim a reconhecer empresas clientes da Caixa que se destacaram, em cada setor da atividade, pela implementação de boas práticas que promovem e materializam os critérios ESG, como o risco de transição, o risco físico, as condições de trabalho e as práticas de governance.
A elegibilidade das empresas para os “Prémios Caixa ESG” é da inteira responsabilidade da Caixa, que avalia anualmente as empresas em função dos respetivos ratings ESG atribuídos internamente, tendo por base os relatórios e contas apresentados no termo de cada exercício anual(1) e os últimos relatórios de gestão e reportes de sustentabilidade disponíveis na mesma data, considerando o seu enquadramento no respetivo setor de atividade». Saiba mais.