A propósito:
Este é um livro para todas as pessoas, adolescentes e adultos, que se sentem impotentes para travar a emergência climática. Esta pode ser a nossa hora final: mas também poderá ser a nossa hora mais bela. É possível resolver a emergência climática, mas temos de agir de imediato.
«Ao longo da história, a Humanidade tem-se unido para solucionar o que parecia não ter solução. Acreditamos que se dermos as ferramentas certas a um número suficiente de pessoas, o seu otimismo e a sua força inspirarão muitas outras à ação, e conseguiremos vencer este desafio. Nas negociações que conduziram à aprovação unânime do Acordo de Paris, a opção pelo otimismo, depois de anos de fracassos, convenceu 195 países de que era possível um acordo internacional complexo. Passaram cinco anos desde a assinatura do Acordo de Paris e o cumprimento das suas resoluções está em sério risco. Temos de agir agora. A importância do momento que vivemos não tem precedentes. Cada dia é uma oportunidade que não se repete.»
«A economia circular a funcionar» - foi o que disse António Costa Silva num Programa da RTP, passado ontem, ao comentar as estantes da Livraria do Mercado Biológico, em Óbidos, feitas de caixotes que muitas vezes podemos encontrar no lixo, dizemos nós. Uma boa ilustração para percebermos o que é Economia Circular.
A propósito visitemos a Ellen MacArthur Foundation que tem esta missão: «At the Ellen MacArthur Foundation, we develop and promote the idea of a circular economy. We work with, and inspire, business, academia, policymakers, and institutions to mobilise systems solutions at scale, globally». Uma das publicações recentes da Fundação:
A 25 de Junho de 2017, quase três anos antes da pandemia, Fareed Zakaria teceu a seguinte previsão no seu programa televisivo na CNN: «Uma das maiores ameaças que os Estados Unidos têm de enfrentar não é, de todo, grande. Na verdade, é minúscula, microscópica, dezenas de vezes mais pequena do que a cabeça de um alfinete. Patogénicos mortíferos, quer produzidos pelo homem quer naturais, podem desencadear uma crise de saúde global e [nós] não estamos nada preparados para lidar com isso. [...] As nossas cidades a abarrotar, as guerras, os desastres naturais e as viagens aéreas internacionais podem levar a que um vírus mortal com origem numa pequena aldeia em África seja transmitido e chegue a todo o mundo em apenas 24 horas [...]. A biossegurança e as pandemias globais ultrapassam todas as fronteiras nacionais. Os agentes patogénicos, os vírus e as doenças são igualmente assassinos. Quando a crise estalar, vamos desejar ter mais fundos e uma maior cooperação global. Mas, nessa altura, talvez seja demasiado tarde.». Saiba mais.
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Sobre o livro no semanário Expresso de 28 NOV 2020:
«Dar um passo atrás para olhar
o lugar onde estaremos depois de controlada a pandemia é o exercício que Fareed
Zakaria faz neste livro. Não há traço de adivinhação nem de futurologia nesta
análise do que vai resultar da aceleração provocada pela pandemia de covid-19.
Uma das caras mais conhecidas da CNN, não só por ser o anfitrião do programa
“GPS” mas pela análise política projetiva a que nos habituou, Zakaria é ele
próprio um exemplo da “narrativa alternativa” que propõe: reconhecendo a
multiplicidade de pontos de vista que coexistem no país que o acolheu, chegado
de Bombaim nos anos 70, escolhe a América aberta e disponível à abertura ao
exterior. A ideia fundamental do livro é que está a acontecer um “realinhamento
político fundamental”. Tal como disse em entrevista ao Expresso: “Estamos a
passar da velha política de esquerda-direita, que se organizava em sentido lato
em torno da economia, e dirigimo-nos para uma política dividida entre abertura
e fechamento.” Para o jornalista e cientista político, é evidente que a tensão
dos próximos tempos será atualizada entre as “pessoas que querem manter o mundo
aberto a produtos, ideias, pessoas, culturas” e as “pessoas que o querem
fechar, ter um mundo mais protegido”. Não restam dúvidas ao autor de que a
China será um grande desafio para quase todos os países do mundo e que a melhor
maneira de preparar o futuro de forma competitiva passará por haver governos
com abertura ao multilateralismo que sejam capazes, ao mesmo tempo, de proteger
os seus povos. Proteger no sentido de os munir com instrumentos capazes de
absorverem o impacto de grandes alterações futuras, isto é, educação e
formação. Pelo caminho, passam pela análise fina de Fareed Zakaria as causas
que desembocaram nas dualidades radicais do presente e na crescente
desigualdade do mundo que, diz, “está a tornar-se bipolar”. Livro de leitura
altamente recomendável. / CRISTINA
PERES».
No semanário Expresso:«O professor catedrático jubilado de 98 anos lança este volume que retrata as plantas da nossa identidade coletiva bem como alerta para a necessidade de gerirmos os recursos alimentares do planeta». Saiba mais.
«REPORTING WHICH INCLUDES SUSTAINABILITY-RELATED INFORMATION | We’ve started using the phrase - reporting which includes sustainability-related information - because we believe it is the most useful overarching description of how organisations communicate through their reporting. It covers all forms of reporting commonly referred to in New Zealand, such as environmental, social and governance (ESG); corporate social responsibility (CSR); sustainability; non or pre-financial, integrated and external extended reporting (EER). (...)».
O artigo da imagem levou-nos imediatamente a uma conferência havida em 2015, em que estivemos presente, e de que existe relatório:
Na integra daqui:
«European Commission launches public consultation on sustainable corporate governance: to foster long-term sustainable and responsible corporate behaviour
As indicated in the European Green Deal, sustainability should be further embedded into the corporate governance framework, as many companies still focus too much on short-term financial performance compared to their long-term development and sustainability aspects. As a follow-up, the Commission announced a sustainable corporate governance initiative to foster long-term sustainable and responsible corporate behaviour, as included in the Commission's Work Programme for 2021. This initiative also builds on existing work in the framework of sustainable finance. The consultation launched today asks how the EU can best go about helping businesses in the way they operate, towards a transformation to a more sustainable economy and to ensure that environmental and social interests are embedded in business strategies. Didier Reynders, Commissioner for Justice, said: “Sustainable corporate governance can be a real game-changer in the way companies operate throughout their supply chains. We are now securing new business standards for future generations. I therefore invite all stakeholders to participate and share their views. The results of this public consultation will help shape the proposal we will put forward in 2021. Sustainable governance is an important contribution to the European Green Deal objectives and will be crucial for the sustainability, competitiveness and resilience of the businesses in the long run as well as for human rights protection and our international commitments, such as the UN Sustainable Development Goals and the goals of the Paris Agreement on climate.” The consultation will complement the findings of two studies: on due diligence requirements through the supply chain and on directors' duties and sustainable corporate governance. (For more information: Christian Wigand - Tel.: +32 229 62253; Katarzyna Kolanko - Tel.:+32 229 63444)».
«A primeira exposição antológica de Gabriela Albergaria acompanha de perto os vários momentos do seu percurso e dá a conhecer o balanço da sua atividade nos últimos 16 anos. Reunindo trabalhos produzidos na Alemanha, na Colômbia, no Brasil, no Reino Unido e na Bélgica, esta é a oportunidade de ver ou rever peças fundamentais no percurso da artista, como é o caso da instalação que realizou no CCB, em 2005 — uma enorme árvore que ostentava um processo violento de enxertia —, mas também de conhecer um conjunto de obras que têm aqui a sua primeira apresentação pública.
As relações de aculturação da paisagem e da natureza que se foram instituindo por via dos processos migratórios e da globalização têm estado no centro da atenção de Gabriela Albergaria desde a década de 1990. Através das suas esculturas, instalações, fotografias ou desenhos, a artista dá corpo a uma reflexão sistemática sobre questões como a influência da ação humana nos processos de transformação da paisagem, a modificação dos ecossistemas através da importação de espécies vegetais não autóctones ou a história da domesticação da natureza presente na construção dos jardins botânicos no século XVIII.
No contexto do trabalho de Gabriela Albergaria, as representações são sempre orientadas por um olhar que pretende revelar os processos históricos e percetivos implicados na apropriação e manipulação que temos vindo a fazer do mundo vegetal ao longo dos séculos. Esta exposição está inserida no programa Lisboa Capital Verde». Saiba mais.
«(...)Porque saber lidar com a incerteza, o risco e o desconhecimento sobre o futuro, que o novo coronavírus SARS-CoV-2 tão prontamente nos veio alertar é, de facto, o desígnio de todas as sociedades modernas e o melhor que podemos passar às futuras gerações. Exige aprender mais, com mais solidariedade e debate intergeracional, compreendendo o respeito pelo próximo, independente do seu género, idade, etnia, ou orientações sexuais.
Aprofundar esta problemática é cada vez mais relevante pois este novo coronavírus passou de animais para humanos e embora esse processo esteja longe de estar conhecido, sabemos que as doenças zoonóticas, ou zoonoses, têm vindo a aumentar devido à pressão que as nossas sociedades e o seu desenvolvimento económico exercem na natureza. É uma clara manifestação da falta de equilíbrio da influência dos seres humanos na Terra, que se expressa também através das alterações climáticas. Ora, a eventual demonstração científica dessas relações com a pandemia com que agora vivemos exige mais conhecimento para conseguirmos fazer perguntas mais certeiras e difíceis e melhor percebermos os riscos que corremos, assim como evoluirmos nesta nova era geológica do Antropoceno.
Recordo a forma como a pintora Graça Morais, entre outros artistas, tão bem nos tem mostrado a complexidade da interação entre animais e seres humanos e nos tem estimulado a refletir sobre a nossa própria fragilidade, que só nos pode estimular a aprofundar o debate sobre as interações entre animais e humanos. As suas “Metamorfoses da Humanidade” e o trabalho em curso no Laboratório de Artes da Montanha Graça Morais é um esforço orientado para evoluirmos nesse sentido, com mais conhecimento e humanismo, estimulando novas perguntas para a ciência responder.
Mas não chega. Para conseguirmos fazer perguntas mais difíceis e melhor percebermos os riscos que corremos e, sobretudo evoluirmos no Antropoceno, precisamos, como nos dizia a cientista Maria de Sousa, de apelar à ciência e ao conhecimento confiável que resulta da acumulação e aplicação do saber rigoroso. Como tão bem escreveu e repetiu durante as suas últimas semanas de vida, “o vírus não é o inimigo, nem uma pandemia é uma guerra. O vírus é uma pequena partícula que precisa de entrar nas células para se manter e se propagar. O inimigo não é o vírus, o inimigo é a pessoa que se mantém insuficientemente próxima de outra para dar a oportunidade ao vírus de saltar de uma célula para outra. (...) “E a infeção viral só se pode perceber no contexto do hospedeiro, no âmbito do qual o sistema mais importante é o sistema imunológico.”
A Maria e muitas e muitos outros não conseguiram resistir ao SARS-CoV-2... Contudo temos hoje em Portugal muitas e muitos cientistas de reconhecido mérito em áreas ligadas, entre outras, à imunologia que trabalham inseridos em redes globais de ciência, para a formação das quais os portugueses têm contribuído de forma decisiva. Acredito também que este momento inédito que vivemos em Portugal associado ao aumento de jovens a inscreverem-se no ensino superior é, certamente, uma oportunidade que não podemos perder de reforçar e continuar a valorizar o “Efeito Ciência Viva”! (...)» - Alma GrandeA crónica do convidado - Manuel Heitor | Expresso 31 OUT 2020
«It won't happen
overnight, but we can solve some of the world's biggest problems. In the latest
issue of MIT Technology Review, the Long-Term issue, we look at the kinds
of technologies needed to tackle our most entrenched problems.
We examine the things that may happen in the years, decades,
centuries, and even millennia hence, and what
needs to change now to make the future better than it looks
from this precarious moment. And these changes aren't the kinds of Band-Aid
solutions the world has been applying for the past few years. Some of them will
involve questioning long-held assumptions.
Inside you'll find stories on how humanity is stuck on short-term thinking
and why California needs to scrap century-old fire management
policies to fight its wildfires. You'll learn from a top AI researcher about why
the field is just now coming to grips with the very real threats the technology
can pose. And you'll meet an entrepreneur trying to help save the climate by composting human bodies
instead of burying or cremating them».
«Women in science explore harrowing issues and promising insights revealed in a documentary charting three tough journeys toward gender equity and justice»
«The USD12 trillion opportunity of the United Nations Sustainable Development Goals could provide critical focus to consider the positive impact of regenerative strategies, but current approaches to SDG alignment are creating blind spots».
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«Executive Summary
It has been four years since the 2030 Agenda for Sustainable Development with its 17 Sustainable Development Goals (SDGs) was adopted at the UN Sustainable Development Summit. During this time the SDGs have garnered widespread backing among companies and investors who have made modest progress towards aligning business strategies and capital allocation with the SDGs.
The private sector has begun to understand its role in contributing to the SDGs, as seen by increasing rates in corporate disclosure that describes company performance on the Goals. Investors have a growing appetite to benchmark companies against each other in terms of their SDG performance. Where disclosure is absent, other providers have built assessments, indexes and benchmarks to compare corporate action. Funding for SDG-related projects has also carried over to the private sector, as a rising number of pension funds and banks choose to allocate funds towards sustainable development priorities. While SDG-related financing is diverse, green building and renewable energy projects lead the bulk of private sector financing.
The SDGs are a way to communicate a company’s efforts. Businesses can provide informed reporting to potentially attract capital allocation and unlock innovation opportunities. There is a divergence, however, in what SDGs companies report on and where companies have the highest exposure to SDG-related risk. An analysis of the baseline risk exposure of all companies listed in the S&P 500 shows that issues related to financial secrecy (SDG 17), land pollution and deforestation (SDG 15), and water overconsumption and pollution (SDG 6) have the highest level of exposure. These topline SDGs differ significantly from the most common SDGs that are included and prioritized in the majority of company disclosures. There is a difference in what companies disclose on the SDGs versus what may be important SDG-related risks and responsibilities.
Pursuing data-driven analysis to gain an understanding of the full impact of a business across its value chain – where it sources its materials and sells its products – can be useful in learning where to minimize risks and maximize both SDG and financial returns. A brief comparison of the compound annual growth rate (CAGR) of SDG-aligned products against conventional products shows the potential for pursuing innovation and market opportunities in line with the SDGs. Leveraging the SDGs as not only a framework for sustainable development, but also for innovation towards generating new, more future-ready revenue streams can help identify business opportunities that simultaneously serve the needs of the SDGs».
«(...)Despite much progress in climate-related disclosure, many contend that more work is needed to ensure that reporting on material climate-related issues is of sufficient quality and detail to support decision-making by investors and others. The current standard of mainstream reporting on climate risks and opportunities means that there is an information deficit for investors and other decision-makers. This shortfall in high quality, decision-useful material climate information means that investors are unable to make the capital allocations that can drive change across economies and societies.(....)». Leia mais.
Excerto: «(...)GRI, SASB, CDP: These are just a few of the many frameworks that exist for corporate reporting on ESG practices, and they are a key part of the index research ecosystem. While the frameworks themselves may feel daunting, the good news is there is no requirement that companies undertake sustainability reporting, only best practices to help guide the process and avoid green-washing. Reporting can be resource-intensive, which is why it is so surprising when the final products are often relegated to obscure web pages upon release. But if companies consider these reports as opportunities to communicate with ESG fund stakeholders, the return on investment can be huge.
For starters, sustainability reports are a foundational resource for an organization’s overall ESG profile. They can provide not only the data financial research firms rely on, but a reservoir of content such as adherence to UN Sustainable Development Goals and mitigation plans that both audiences want to understand. (...)».
«O filme é descrito, em comunicado, pela organização do festival como “uma parábola rural passada numa aldeia aninhada nas montanhas da Galiza, que se depara com um fogo florestal, após o regresso à comunidade de um condenado. A narrativa está assente na Natureza (a humana e a da terra) que pode destruir ou autodestruir-se”».