domingo, 6 de julho de 2025

QUE SANHA É ESTA ! | «Se 47 jacarandás em Entrecampos incomodam o senhor presidente da câmara, 157 árvores alhures incomodam muito mais. Vai daí corta, corta, que a residência é de luxo»

 






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Aproveitemos para testemunhar, quem frequenta a Av. 5 de outubro em Lisboa certamente reparou na exuberância dos jacarandás este ano. Entre fins de maio e fins de junho a avenida transforma-se. Um espanto!, andar por ali um prazer. Com frequência pessoas nacionais e estrangeiras fotografavam, filmavam. As crianças olhavam e pareciam fascinadas, e apontavam as que certamente mais  as encantavam. Não nos tirem a beleza da natureza. O luxo para todos de uma árvore, florida ou não. Deve ter sido pela chuva que tivemos, as árvores e demais plantas parece que cresceram para lá do habitual, e a ramagem brilha. As que têm flores - no verão! - inebriam-nos. Este um bálsamo de todos e  para todos. Insistamos, sim, em que o saibamos identificar, saborear, defender ... Não, não pode ser trocado por «luxo» apenas para alguns. De dizer  que até será uma aberração, uma ofensa à NATUREZA. Em desalinho com os ODS - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - que enchem a boca de muitos políticos nomeadamente dos  «do turno». Mas, afinal ...
 

quinta-feira, 3 de julho de 2025

«Sustainability Meets Growth: A Roadmap for SMEs and Mid-Sized Manufacturers«

 



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Sobre o Relatório de ler:

«Fast-tracking SME sustainability could accelerate global climate targets, unlock economic value» - neste endereço.


sábado, 28 de junho de 2025

MANUEL CARVALHO|«Amazónia: Viagem por uma ferida aberta no planeta»

 


«Da criação do mundo até 1970, a humanidade destruiu 0,5% da maior e mais rica floresta tropical do mundo; daí até aos nossos dias, arrasou mais de 20%. E continua a arrasar. Numa viagem de 12 mil quilómetros pela Amazónia, entre a luxúria vegetal, a savana, o novo mundo da soja e as fronteiras da devastação, mergulha-se a fundo no destempero da voracidade humana. Em cada etapa, dá-se conta dos perigos, avalia-se a destruição e explica-se como tudo começou na era do colonialismo português e como tudo continuou no neocolonialismo brasileiro. Este é um livro de viagens entre o presente e o passado, tendo como pano de fundo uma floresta gigante e fascinante, povos indígenas que resistem depois de terem chegado ao limiar da extinção, bandidos que desmatam ou poluem os rios com mercúrio no garimpo ilegal e milhões de pobres e excluídos. Tanto como um prodígio da natureza, a Amazónia é um monumento à humanidade. Que a desbravou, a amou, a explorou, a destruiu e lhe deixou feridas. Curá-las é um desafio global». Saiba mais.


quinta-feira, 26 de junho de 2025

DA EPA À IPFA |||||«The EEA takes stock annually of progress towards the 8th Environment Action Programme (8th EAP) objectives on the basis of a set of 28 headline indicators and corresponding targets» ||||| «1º Encontro Internacional de Festivais de Fotografia _ Este evento será um momento decisivo para a definição da visão e da missão de apoio a um futuro mais sustentável, inclusivo e inovador para os festivais de fotografia»

 



Quando vemos Relatórios destes não podemos deixar de reparar que os INDICADORES são, bem vistas as coisas, de natureza macro. Fundamentais. Mas precisamos de aprofundar INDICADORES centrados nas  Organizações, dos diferentes setores. Desde logo, fazendo um levantamento do que existe. E veio-nos à memória que o assunto já teve boas discussões mas parecem debates que esfriaram. Ora, entretanto acaba de nos chegar  lembrete sobre a conferência abaixo cujo propósito não deixa de andar à volta do assunto:



Mais informação: 

«Nuno Ricou Salgado, diretor artístico da Procurarte, estará presente em Barcelona na conferência da IPFA “How to cooperate on sustainable key topics?”.

A IPFA - International Photography Festivals Association - pretende ser uma rede global que une mais de 700 festivais de fotografia em todo o mundo.

O 1º Encontro Internacional de Festivais de Fotografia representará um marco significativo para os festivais de fotografia de todo o mundo. Este evento pioneiro reunirá profissionais de festivais de todo o mundo para networking, workshops e painéis profissionais instigantes, além de abordar desafios urgentes do setor e partilhar as melhores práticas. Com foco na colaboração, os participantes terão a oportunidade de construir parcerias significativas e inspirar novas ideias. Este evento será um momento decisivo para a definição da visão e da missão de apoio a um futuro mais sustentável, inclusivo e inovador para os festivais de fotografia». Saiba mais.


domingo, 22 de junho de 2025

«Festival "Fim do Mundo" em São Tomé e Príncipe _ Entre os dias 5 e 12 de Julho de 2025, em São Tomé e Príncipe, propõe-se um tempo para escutar, pensar e relacionar. Pensar a partir das ilhas implica desacelerar, reconhecer a criação como prática situada, e aceitar a incerteza como matéria de futuro. A arte, neste contexto, não oferece soluções imediatas, mas abre fendas — modos de atenção, de resistência e de reconfiguração do sensível»

 



Começa assim:

«Vivemos um tempo em que os centros colapsam e as margens, discretamente, adquirem densidade. Os territórios insulares, tantas vezes lidos como exóticos ou periféricos, tornaram-se lugares de observação e ensaio. Espaços onde o mundo se revela, não como totalidade, mas como fragmento em tensão. É a partir deste contexto que se delineia o Festival Fim do Mundo, em São Tomé e Príncipe — não como apoteose nem como diagnóstico, mas como possibilidade de escuta, de pensamento situado e de articulação entre práticas culturais e consciência ecológica.
"Curar, Comer, Adiar": três verbos que sugerem uma gramática mínima para atravessar o tempo presente. O ciclo de conferências Alterações Climáticas e o Papel das Ilhas propõe modos de levantar perguntas relevantes e tornar visível a fricção entre o conhecimento técnico e os saberes territoriais. Entre arte, ciência, política e memória, constrói-se um campo relacional orientado para o gesto, e não para o consenso.
As ilhas apresentam-se como formas de vida marcadas por limites físicos, mas amplificadas por práticas de cuidado, adaptação e resistência. De Mayotte aos Açores, do Haiti à Madeira, passando por Madagáscar, Canárias ou Cabo Verde, emergem relatos que recusam o colapso como única narrativa. Encontramos, nesses lugares, uma intimidade com o ritmo da terra, com os silêncios da água, com o tempo longo das plantas.
Este festival define-se como espaço de fricção e abertura. A arte que aqui circula não se presta à função decorativa nem à ilustração de causas. Assume-se como escavação e pesquisa. Entre práticas performativas, residências, conversas, experiências culinárias e arquivos efémeros, desenha-se uma constelação de gestos — uns públicos, outros silenciosos — que revelam a textura das relações e a complexidade dos territórios. (...)». Ricardo Barbosa Vicente.